quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Geraldino


Além de manter, mal e porcamente, o Lado B e o A Side, me tornei também um Geraldino. Blog primeiramente de esportes, mas que também oferece dicas de cultura e diversão.

E mesmo que você já esteja cansado de maus textos, digo, meus textos, não se preocupe. Acompanhe a saga dos outros geraldinos Rodrigo Ferreira, Tadeu Rover, Rodolfo Borges, Junior Lisboa e Vitor Hildebrand.

domingo, 27 de julho de 2008

Enfrentar Seus Fantasmas - O Retorno

With a little bit of English, for styling purposes.
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Sim, fui lá. Apesar dos conselhos contrários de meus amigos, enchi meu coração de coragem e adentrei a sala escura para enfrentar meus medos. Meus ancestrais guerreiros sentiriam-se orgulhosos por mim, apesar da tremedeira involuntária nos primeiros 20 minutos.

Agora tudo está bem. Não terei mais pesadelos com ABBA. Me sinto como um Super Trouper. There are moments when I think I'm going crazy. But it's gonna be alright. Everything will be so different when I'm on the stage tonight. Finally facing my Waterloo. I can conceal it, don't you see, can't you feel it? Don't you too? I do, I do, I do, I do, I do.

Mamma mia, here I go again. Falando como um compositor sueco. My my, how can I resist it? Gimme gimme gimme a way out of it. Won't somebody help me chase these shadows away? Gimme gimme gimme a Valium after midnight. Take me through the darkness to the break of the day. Chiquitita, you and I know how the heartaches come and they go and the scars they're leaving. You'll be dancing once again and the pain will end.

My, my, at Waterloo Napoleon did surrender. Oh yeah, and I have met my destiny in quite a similar way. The history book on the shelf is always repeating itself.

Se não pode com eles, junte-se a eles.

Enfrentar Seus Fantasmas

Fechando uma breve folga, tamo de volta. I'm back. Está com tempo? Depois de tanto tempo, há muito pra dizer. E o que diabos aconteceu? Praga.

Praga de professor, né Tim? Eu explico. Mês passado, na semana seguinte ao Canada's Day, eu deveria entregar um ensaio argumentativo para o meu professor de Advanced Writing end Reading, Tim. Mas não entreguei. Sim, menino mau. [♪]Music break[♪]Bad, bad, bad, bad boy || You make me feel so good || Gloria Estefan & Miami Sound Machine: Bad Boys (1985) [♪]Stop[♪].

Prevaleceu a boa e velha desculpa do "bloqueio criativo". Dai veio a praga. E o que foi forte o bastante para quebrar a "praga de professor" não foi o beijo de uma doce princesa, o que teria sido bom, mas um poster do filme Mamma Mia!. O poster da doce-bobinha-águacomaçúcar-comédia-romântica-do-verão me trouxe do volta. Como? Reascendendo um antigo trauma: O Casamento de Muriel (Muriel's Wedding AUS 1994). Sim, não ria. O filme australiano de 94 me fez desenvolver uma fobia que subia pela espinha a cada vez que eu escutasse uma musica do ABBA. É o que podemos chamar de vudu globalizado, meu caro. Um canadense roga uma praga num brasileiro que só pode ser quebrada pelo poster de um filme americano que o fez lembrar de um filme australiano cheio de musicas suecas. "WHAT?!" Exactly!



Era um fim-de-semana qualquer em 1994. O jovem Henrique estava em casa com sua cinéfila família. Era comum que nos fins-de-semana eles alugassem de 8 a 12 fitas de VHS - o avô do DVD - assistindo desde superproduçðes americanas a filmes iranianos. Ele estava empolgado por haver pela primeira vez - Crocodile Dundee não conta - um filme australiano entre os títulos. Mas foi demais para um garoto de 14 anos. Sua mente não pode suportar. Foram necessárias três semanas para que ele voltasse a dormir tranquilamente. Antes, apenas pesadelos, "Waterloo, Waterloo", a noite toda. Desde então não posso ouvir uma música do ABBA sem sentir um frio na barriga.

O ínicio dos anos 2000 foram um pouco perturbadores, depois que a banda A-Teens resolveu regravar ABBA, mas dei conta do recado. Bem, agora estou decidido: devo enfrentar meus fantasmas do passado. Vou assitir Mamma Mia!

Se eu não voltar com vida, diga a minha familia e a meus amigos que fui bravo e que os amo. Deseje-me sorte.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Broqueio

Devo, nao nego. Escrevo quando puder...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Canada Day / Fête du Canada

Hoje, 1° de Julho, é Canada Day!!! Isso ae!!! Let's celebrate!!
Mas, aaaah, por gentileza, aaaah, o que é Canada Day?

Bem, de acordo com a Wikipedia:
"Freqüentemente chamado de "Aniversário do Canadá" pela grande mídia, a ocasião marca a união das províncias britânicas de Nova Scotia, New Brunswick, e as Province of Canada - que no processo se dividiram em Ontario and Quebec - numa federacao de quatro provincias em 1° de Julho de 1867..."

Ah... Bacana. Feliz 141° Aniversário! É como o nosso 7 de Setembro. É dia da independência, né não? Opa, peraí... não acabou ainda:

"... Contudo, embora o Canadá seja reconhecido como seu próprio reino nesta data, o parlamento britânico manteve um limitado controle políticos sobre o novo país, coisa que se arrastou ao longo dos anos ate que em 1982 o Ato Constitucional nacionalizou a constituição canadense. Logo o Canada Day difere dos demais Dia da Independência celebrados em outros países ja que a data não comemora a quebra completa dos laços metrópole-colônia."

Hum, saquei... mals ai. 1982? Serio?! Hunf... É, devo dizer que isso tudo soa um pouco covarde. Por que vocês não usaram a independência dos EUA como desculpa e fizeram a sua? Porra! Onde estão as historias de luta pela liberdade, sangue pela pátria e o fim da tirania? Não? Sei...

Permitam-me contra-lhes uma VERDADEIRA historia de independência. Sentem-se. É das grandes (mas é também a melhor parte do post de hoje).

Era uma vez, uma colônia Portuguesa com certeza. Quando Napoleão decidiu invadir Portugal, a familia real portuguesa pirulitou-se para sua colônia, escoltados pelos brothers da marinha britânica. Mas eles, Reais que eram, não poderiam viver em uma colônia, então elevaram o Pais a Reino Unido de Portugal e Brasil.

Passado algum tempo, o megalomaníaco nanico francês perdeu a guerra, em posição extremamente desfavorável, dai a moçadinha de Portugal exigiu a volta de seus pares. E a lusitanada foi toda embora, mas largou pra traz um jovem príncipe, que embora tenha nascido em Lisboa, veio para o Brasil aos 9 anos, e 13 anos depois não queria voltar.

Historinha batidassa que todo mundo conhece. O camarada é um jovem príncipe europeu, por acaso o próximo na linha de sucessão, 22 anos nas costas... Passou sua puberdade vivendo na SUA colônia, onde faz tanto, mas tanto calor, que as nativas andam nuas por ai... 2+2=? Jovem príncipe + nativas nuas? Pois é... ele quer ficar. "Então, paps, big-Rei... Tem essas parada aí de revoltas... Se pá eu fico aí, dando uma geral nas terras da família, sacô? Numa dessas eu dou um pulo em casa."

Ele ficou. No ano seguinte, em 7 de Setembro de 1822, passou o rodo no véio e proclamou Independência do Brasil, tornando-se o primeiro imperador tupiniquim. Paps achou paia, mas num reclamou muito não, foi só jogar 2 milhões de libras esterlinas na mão dele que até reconhecer a independência da ex-colônia o big-Rei sovina reconheceu.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

We'll Always Have Paris

Nota: Uma vez sou eu quem dita as regras neste pequeno quinhão cibernético, um texto em inglês, pra variar. Despite the mistakes...


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Casablanca (1942)


"Ilsa: But what about us?
Rick: We'll always have Paris. We didn't have, we, we lost it until you came to Casablanca. We got it back last night.
Ilsa: When I said I would never leave you.
Rick: And you never will. But I've got a job to do, too. Where I'm going, you can't follow. What I've got to do, you can't be any part of. Ilsa, I'm no good at being noble, but it doesn't take much to see that the problems of three little people don't amount to a hill of beans in this crazy world. Someday you'll understand that. Now, now... Here's looking at you kid".

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I used to hate Mondays and now, I hate Fridays. Every Friday we "lose" somebody.

I know that we sign a temporary contract every time we meet someone here, over this circumstances. But usually, in the "real" world, contracts may be extended, renewed. Yes, we can also extend our "relationship-contracts", unlikely to happen but we can, and we know that the friendship will continue despite the distance, the time zone, the continent, the difference in our backgrounds and culture. But it's never the same thing.

We already lost Denise "Busgirl", Lukas "Roofer", Mike "Suicide" (Switzerland), George "Prolix" (Czech Republic), Karina "Japa Girl" (SP.Brazil), Marcus "Take a Picture" (BH.Brazil), Juliana"Don't-like-you" (SP.Brazil).

Today we're losing Sonja "Reasonable-Green-Eyes-Ice-Queen" (Austria).

Soon we'll lose Juan Carlos "Special" (POA.Brazil), Thiago "Stinky Jokes" (Botucatu.Brazil), Laura "Chatty" (Switzerland), Annie "Anime" (Korea), Gem "The-same-in-Portuguese" (Turkey), Kamuron "Rescueboy" (Turkey), AB "Yo" (Saudi Arabia) and so many others, that I'm not continuing of the list 'cause I'll probably leave someone out.

It's the fast-friendship phenomenon. There's no time to know each other a little bit better. We gotta be fast. Open up your heart and jump. Hopefully there will be a safety net to hold you down there. Yeah... We all know that one day we will wake up from this dream and go back to our real lives. But sometimes it's cold outside, your bed is warm and you just don't want to wake up.

Maybe Vinicius was also referring to this when he said:
"Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure."
It shall not be immortal, once it's a flame, but let it be infinit as long as it last.

P.S.: O minino traduzindo Vinicius de Moraes! Eh muita petulância!

P.P.S.: Putz... Acabo de pensar aqui... Sabe aquele dramalhão que neguin faz quando sai um Dionísio da casa do BBB? Poisé... Sexta aqui eh dia do paredão. É claro que aquilo ali ta totalmente amplificado pelas lentes da dona Globo, absolutamente desproporcionado a realidade, ainda assim... Hum... Interessante. Merece uma tese uma hora dessas...

P.P.P.S.: Aos meus que estão em terras cabrálicas: lendo isso aqui pode parecer que o minino tá depressivo, morrendo de saudades incontroláveis, pronto pra pular da Granville Bridge. Nada disso... É só um textinho pros fast-friends que a gente faz aqui. Se mandar mensagensinhas de suporte moral eu mando a la mierda.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Chef Bruno

Bruno Greca da Cunha. Eu estava evitando tocar no assunto, já que zombar dos Canadians é a pauta primária do blog, mas certas coisas merecem registro.

Minino bão. Arquivologista, calango do cerrado, tá sempre numa buenassa. É meu roommate na Casa do Gnomo. Rachamos o aluguel, rango e tarefas domésticas. Pegamos o baú juntos todos os dias. Camarada tranqüilo de se dividir um cafofo. E sua verdadeira paixão é a cozinha. Chef apto a assumir a cozinha de qualquer restaurante cinco estrelas.

E aí eu me dou bem nessa historia. Estou vivendo uma vida de Paxá, qualquer gourmet morreria de inveja. Eu já disse a ele: "Bruno, abandona essa história de arquivologia, te manda do Canadá e corre pra Franca atrás de uma Cordon Bleu da vida, ou coisa que o valha. Cê tá desperdiçado aqui, rapaz!". Mas ele não me ouve...

Nunca revelarei todos os segredos revolucionários de La Cucina di Greca que me foram passados pelo mestre, mas tenho que dividir alguns deles com o restante do mundo. Não é justo que somente eu tenha esse prazer primitivo da gula. Então, aí vão 2 truques do Chef:

1 - Uovo di Greca: Numa panela mal untada, frite um ovo além do que normalmente o faria. Espere até que as bordas atinjam uma suave coloração carbonada (carbonada, preta, e não alla carbonara) e que a fumaça tenha tomado conta do ambiente, disparando o alarme de incêndio. Adicione sal a gosto a sirva com batatas. Atenção: o alarme é de vital importância no preparo da iguaria.

2 - Rissoto alla Greca: Inicie o preparo do arroz normalmente. Após a fervura, ao contrário do que corriqueiramente se faz na cozinha brasileira, mexa o arroz. Outra diferencial: não espere a água secar, escorra o arroz empapado, da mesma maneira com que faria com uma massa para Spaguetti cozida. Numa segunda panela, refogar o Arroz "United we Stand" adicionando cenouras, tomates e alfaces picados. Sirva com feijão-doce¹ e adicione ketchup a gosto.

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¹ Hora de um mea culpa: o feijão-doce foi também um vacilo meu. Como não temos panela de pressão estamos comprando feijão enlatado, já cozido. Na primeira leva, compramos um feijão cozido com carne porco. Semi-feijoada, pensamos. Nada disso, Dionísio. Além do porco esse povo estranho daqui coloca açúcar mascavo no feijão. Agora não se compra mais nada sem conferir os ingredientes no rótulo.

P.S.: Sacanedas a parte, o moleque é gente fina, reconhece suas limitações culinárias e educadamente elogia as guloseimas que o "Chef 4-Estrelas" aqui prepara.

P.P.S.: Cês não tem noção do quanto nos usamos sinais gráficos pra escrever um textículo xinfrim destes. Em especial "ã", "é" e "ç". Realmente, tem uns-trem-besta aos quais a gente só dá o devido valor quando os perde.

P.P.P.S.: Quantas vezes na sua vida você teve a audácia de escrever a palavra "xinfrim"?

A Bus Ride

Copy + Translate + Paste
from my friend Denise @ denise.li


Já que estamos no assunto "busão", encontrei uma história que ocorreu com minha amiga Denise Niedermann, suíça da parte germânica do país, há alguns dias. Narrada com riqueza de detalhes e precisão suíça na cronologia dos fatos. Segue a reprodução do texto, com livre tradução deste que vos escreve.

"Por mais difícil que possa parecer, o relato a seguir é real.

22h35: Esperando pelo ônibus, acompanhada de um amigo.


22h40: O ônibus chega, embarco. Motorista: 'Estou indo para a UBC. Onde você está indo?'
Denise: 'Também estou indo para a UBC.' Motorista:"Ótimo, isso facilita tudo. Então poderemos ir juntos. Estarei partindo em aproximadamente 2 minutos. Você pode esperar ai fora, se quiser (meu amigo ainda me estava lá). Não partirei sem você.' Saio do ônibus, o motorista estica as pernas e comecamos a conversar os três.

22h42: O motorista, eu e mais 8 pessoas embarcam no ônibus.

22h43: Três garotas perguntam ao motorista onde elas poderiam pegar o #4. Pelos próximos 10 minutos o motorista explica a elas aonde ir e que talvez outro ônibus seja melhor para chegar ao destino desejado.

22h53: Motorista no microfone do ônibus: 'E aí, moçada. Meu nome é Frank e serei o seu motorista desta noite. Francamente, não tenho idéia de por que meus pais esolheram esse nome, mas meu nome é Frank (Franco).'

22h57: Motorista no microfone, nenhum ponto de ônibus a vista: 'Vêem essa meninas gritando e correndo do lado de fora? Aposto que elas não acharam o ponto. Vamos dar-lhes um salva de palmas quando elas entrarem.' As meninas entram, palmas dos demais passageiros.

23h00: Motorista, enquanto cruzavamos a Granville Bridge: 'Adoravel cenário a direita do ônibus. Favor, não pular pra fora do ônibus ao tirar fotos.'

23h05: Esquina da Broadway com Granville: Duas adolescentes perguntam ao motorista como chegar a Jericho Beach. Motorista:'Meu povo, alguém sabe como chegaa Jericho Beach?' Varias alternativas de inúmeros passageiros. Grande debate buscando solucionar o problema. 5 minutos depois, chegou-se a conclusão de que o melhor seria pegar o #4.

23h11: Motorista:'Temos um microfone aqui na frente do
ônibus. Quem gostaria de cantar uma música para mim? Não sejam tímidos, no busão ninguém fica de fora.'

23h12: Acabo de perder o ponto onde iria descer por estar facinada pela viajem."

domingo, 22 de junho de 2008

Cê sab ses onz pass Savassi*

* Tradução belorizontês > português: Vossa senhoria faria a gentileza de me informar se o transporte coletivo que circula por esta região passará pela Savassi?



Olha, passar num passa não, viu, mas bem que podia. Olhando com boa vontade, até parece que ele está na Afonso Pena, em frente ao Parque Municipal, não é não?

- Escrita Fonética -
U tar do premero mundo - aquele qui nóis aprende na iscola má qui supusitoriamente num izéste mais - até qui é bão, viu moço. Tumbém né essas coisa toda não, di modos qui a gente iremos ver futuristicamente nus dimais posti dessi brogui. Mas si tem uma coisa qui pra quar nóis deve ritirá u chapéu, é us ôbinus. Uma belezura qui só.
- Caipira 2.0 -

E não somente os ônibus, seu Jeca. Adicione a esta lista os outros dois integrantes do sistema transporte público da Greater Vancoucer, SeaBus e SkyTrain. Dá vontade de catar a equipe de engenheiros de tráfego da Translink, despachar os pobres coitados pra São Paulo e, com um cordial tapinha nas costas, dizer-lhes: quero ver se ocês são bão mesmo!

Poderia fazê-lo não apenas em SP, mas também no RJ, BH, BSB - ô desgrama que é o transporte público na cidade que se diz planejada - e creio que em qualquer capital Brasil afora. É que São Paulo, acredito eu, seria o supra sumo da sacanagem com os caras. E este ainda é um blog para sacanear canadense até mesmo quando os congratula por um trabalho bem feito.

Mas o fato é que o trem funciona. O trem, as balsas, os ônibus. Mesmo quando não funcionam, aos mal-acostumados olhos canadenses, funcionam: "Oh my God! Where is this f**king bus! It's two minutes late!" - diria o incrédulo Canadian. "Só dois?!" - responderia gritando o também incrédulo brasileiro.

Fatos curiosos sobre o sistema de transporte de Vancouver:

1 - Todos os ônibus são equipados na frente com um rack para 2 bicicletas. O camarada prende a magrela, dá o role de busão e termina a viajem no pedal;

2 - No SkyTrain e no SeaBus não tem cobrador - nos ônibus o motorista faz as honras. Cada um entrar na buena, sem ninguém pra cobrar. É claro que de vez enquando aparece um oficial da Translink ou mesmo os tiras para dar uma averiguada na passagem da moçada. Foi pego roletando de grátis? CA$150.00 de multa. Já vi isso acontecendo... Não! Num foi brasileiro, não. Era Canadian;

3 - O SkyTrain de Vancouver já serviu de locação para vários filmes hollywoodianos, se passando pelo metrô de NY, DC, etc;

4 - O balaio aí na foto é da linha que pego todo dia: 16 - Arbutus > 29th Avenue Station.

sábado, 21 de junho de 2008

StarHortonBlenz

Não era minha intenção trazer este assunto à tona agora, mas já que ele se intrometeu no último post, lá vai.

Criado em Belo Horizonte, capital mundial dos bares, butecos e afins, me habituei desde cedo a ver um destes nobres estabelecimentos em cada esquina. Também não me causa qualquer estranheza encontrar pelo Brazil Brasil afora uma padoca e uma farmácia lado-a-lado numa esquina qualquer. Exceto em Brasilia, que não tem esquinas.

Por aqui, o negócio o tal do Coffee. StarHortonBlenz (SHB) é um Frankenstein criado a partir da união das marcas Starbucks, Tim Hortons e Blenz. Andar por Downtown Vancouver sem dar de cara com um SHB é praticamente impossível. Se parar em qualquer ponto do "Centrão" e gazelisticamente resolver mandar um Pirouette Arabesque, é certo que em algum momento do giro você estará olhando em direção a um SHB.

|| Pause.
Para você, que como eu não faz idéia do que e um Pirouette Arabesque, a definição: Um pirouette é um tipo especial de giro, geralmente relacionados com o ballet. Um arabesque é quando você levantar uma perna 90˚ atrás de você. Um pirouette arabesque é uma combinação de ambos. Uma cena um tanto o quanto surreral, que tive infelicidade de presenciar há alguns dias. E o camarada me manda um Pirouette Arabesque como se já não fosse suficientemente bizarro um "bailarino" na casa dos 40, panceps de chopp, barba por fazer, jaqueta de couro Hell's Angels, saiazinha de balarina (tem um nome pra esse trem, num tem?), meia arrastão e coturno.
> Play.

Onde é que eu estava mesmo? Ah... os SHB e seus Coffees. Pois é, estão em toda a parte.

Ah, mas brasileiro também adora um café, não é mesmo? Só que eles não. Ao me referir ao produto comercializado pelas bandas de cá como Coffee eu não estava cometendo estrangeirismo e sim separando o joio do trigo. Afinal de não estou aqui para cometer a heresia de classificar como café essa agua suja.

A saída é pedir o Expresso. Gracie Grazie Italia! Mas ainda assim, não espere muito mais do que um chá preto forte. Um de meus professores, ítalo-canadense, me disse que bom café se encontra em algumas cantinas da Commercial Drive, reduto luso-italiano em Vancouver. A conferir.

Até lá, sabe onde tem uma StarHortonBlenz aqui perto?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Raincouver, BC, Canada

É claro que a razão do "trocadalho do carilho" é óbvia. Mas de qualquer maneira, talvez haja aqui alguma leitora com madeixas douradas como planices de trigo; e como não me custa nada traçar umas poucas linhas sobre o assunto, la vai. Ate porque, não ha maneira melhor de se iniciar uma conversa nos Canadia.

Desceu no YVR, quer puxar papo com um nativo na fila do StarHortonBlenz¹ é s
ó começar a falar do tempo. O povo aqui curte demais o assunto. Em geral estão reclamando e não lhes tiro a razão: é agua que não acaba mais. Parece até que em Vancouver quebram todas as regras de estatística quando anunciam a P.O.P (Probability of Precipitation): pra mim, os tais 20% são na verdade 120%. Não chove todos os 365(6) dias do ano, claro, mas se disserem que ha alguma chance de chuva, não se esqueça de calcar as galochas, abotoar a capa de chuva e, por via das duvidas, levar um guarda-chuvinha de backup. Mas não espere tempestades tropicais porque não estamos nos trópicos. A chuva vem, mas em doses homeopáticas.

Infelizmente
não consegui colocar as mãos em uma planilha de audiência da TV canadense, mas a julgar pela pré-disposição da população local nas conversas sobre o tempo, The Weather Channel é provavelmente um dos mais assistidos. Enquanto na TV brasileira tudo acontece depois da novela, aqui só tem jogo depois do boletim meteorológico das 9.

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¹ Esse assunto merece um tópico a parte. Em Breve!

Que diabos é isso aqui?!

Pra começar.

I am, digo, eu sou Henrique Pinheiro. Mineiro de Belzonte, radicado em Brasília a 7 anos, 28 vividos, torcedor do Coelhão, designer gráfico e passando uma temporada em Vancouver, Canadá, com o objetivo de fazer uso da língua inglesa, que até então só era requisitada na ausência de legendas e/ou tecla SAP.

Contudo, entretanto, todavia, porém, há sempre o receio de que, após 24 semanas na gringa, a gente possamos voltar pras casa na incumbência do esquecimento do correto usamento do portugueis ‒ a nossa original língua materna ‒ compreende, simpatia?

Assim sendo, pensei: por que não manter um blog onde, além preservar o vernáculo, terei a chance de registrar minhas experiências e impressões (de minhas super-aventuras onde apronto mil e umas com uma turminha da pesada)¹? Perfeito.

"Mas Lado B?" ‒ perguntaria o fleumático² leitor. Eu explico, Dionísio³! B de Brasil, brazuca, já deixando bem claro de que se trata do olhar de um do filhos de Cabral (Pedro Álvares). E também porque não tem lá muita graça ofertar aqui a "versão A", oficial, se podemos fazê-lo na "versão B", oficiosa com uma pitadinha de maldade, não é verdade? Brazilian "Pig-spirit" Way.

P.S.: Peco a todos que atentem para o fato de que, usando equipamento local (Canadian), fica um tanto o quanto dificil fazer uso da correta acentuacao e demais sinais graficos, como cedilha, na composicao do texto. Farei a correcao manual e automatica dos erros, mas que vai ter um ou outro erro escapulindo, isso vai... Quando aos demais erros, foi cagada mesmo. Nao se faca de rogado, solte o verbo e denuncie qualquer violencia contra a lingua. Se quiser tirar uma com a minha cara tambem, vai fundo. Ligo nao.

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¹ Êêêê Sessão da Tarde, anos 80.
² adj. e s.m. Que, ou o que controla suas emoções; impassível, imperturbável.
³ Garrincha tinha seus João's, eu tenho meus Dionísio's, Desumano's e DaBanca's, que, tal qual a Santíssima Trindade, são ao mesmo tempo trio e uno, capice capisci?