terça-feira, 24 de junho de 2008

Chef Bruno

Bruno Greca da Cunha. Eu estava evitando tocar no assunto, já que zombar dos Canadians é a pauta primária do blog, mas certas coisas merecem registro.

Minino bão. Arquivologista, calango do cerrado, tá sempre numa buenassa. É meu roommate na Casa do Gnomo. Rachamos o aluguel, rango e tarefas domésticas. Pegamos o baú juntos todos os dias. Camarada tranqüilo de se dividir um cafofo. E sua verdadeira paixão é a cozinha. Chef apto a assumir a cozinha de qualquer restaurante cinco estrelas.

E aí eu me dou bem nessa historia. Estou vivendo uma vida de Paxá, qualquer gourmet morreria de inveja. Eu já disse a ele: "Bruno, abandona essa história de arquivologia, te manda do Canadá e corre pra Franca atrás de uma Cordon Bleu da vida, ou coisa que o valha. Cê tá desperdiçado aqui, rapaz!". Mas ele não me ouve...

Nunca revelarei todos os segredos revolucionários de La Cucina di Greca que me foram passados pelo mestre, mas tenho que dividir alguns deles com o restante do mundo. Não é justo que somente eu tenha esse prazer primitivo da gula. Então, aí vão 2 truques do Chef:

1 - Uovo di Greca: Numa panela mal untada, frite um ovo além do que normalmente o faria. Espere até que as bordas atinjam uma suave coloração carbonada (carbonada, preta, e não alla carbonara) e que a fumaça tenha tomado conta do ambiente, disparando o alarme de incêndio. Adicione sal a gosto a sirva com batatas. Atenção: o alarme é de vital importância no preparo da iguaria.

2 - Rissoto alla Greca: Inicie o preparo do arroz normalmente. Após a fervura, ao contrário do que corriqueiramente se faz na cozinha brasileira, mexa o arroz. Outra diferencial: não espere a água secar, escorra o arroz empapado, da mesma maneira com que faria com uma massa para Spaguetti cozida. Numa segunda panela, refogar o Arroz "United we Stand" adicionando cenouras, tomates e alfaces picados. Sirva com feijão-doce¹ e adicione ketchup a gosto.

---

¹ Hora de um mea culpa: o feijão-doce foi também um vacilo meu. Como não temos panela de pressão estamos comprando feijão enlatado, já cozido. Na primeira leva, compramos um feijão cozido com carne porco. Semi-feijoada, pensamos. Nada disso, Dionísio. Além do porco esse povo estranho daqui coloca açúcar mascavo no feijão. Agora não se compra mais nada sem conferir os ingredientes no rótulo.

P.S.: Sacanedas a parte, o moleque é gente fina, reconhece suas limitações culinárias e educadamente elogia as guloseimas que o "Chef 4-Estrelas" aqui prepara.

P.P.S.: Cês não tem noção do quanto nos usamos sinais gráficos pra escrever um textículo xinfrim destes. Em especial "ã", "é" e "ç". Realmente, tem uns-trem-besta aos quais a gente só dá o devido valor quando os perde.

P.P.P.S.: Quantas vezes na sua vida você teve a audácia de escrever a palavra "xinfrim"?

2 comentários:

Ana Ramone disse...

HAhahahhahahahahahahahaahhahahahahahahahahhahahahahahahaahhaahahahhahaahhahahaahahhahahahahaahahahhaa

Ele precisa vir aqui em casa qndo vcs voltarem!
Queor provar oa rroz!!
ahhahahahahaahahahhahahahahaha

ps.: nunca escrevi "xinfrim"

Anônimo disse...

Gente!!! O menino é gênio total!!! Criativo como ninguém. Imagina ele comendo o meu "podre" arroz branco... Agora, feijoada doce: dve ser uma iguaria! Hummmm....